quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

VOU-ME EMBORA PRO PASSADO... PASSÁRGADA É LONGE DAQUI! (Fernando Peltier&Vera Jacobina)


Vou-me embora pro passado
Tempo de tanta alegria
Na viagem da memória
Vivo a lembrar cada dia...

Desde o primeiro momento
Do nosso encontro escolar
Cada etapa que vivemos
São de jamais se olvidar...

Quantas vezes eu viajo
Um tempo de alegorias
Na criança, que já fomos,
Traz-nos certeza e energia

Lembrar cada uma de nós,
Colegas e eternas amigas,
E dos mestres que nos fizeram
O crescimento na vida!

Um pouco mais experientes, eu sei,
Conquanto, o desgaste da lida...
Lembro Passárgada em Bandeira
Todas nós, rainhas e amigas do Rei

Passárgada é bem mais distante
E a juventude, que ainda se renova
Hoje sem contratempos,
Reencontrarmo-nos é um exemplo...

Sentimos a falta de algumas,
Que aqui cumpriram missão
E partiram lá pro céu...
Nas nuvens azuis das brumas

Quantas vezes sonhei,
Tantas outras viajei,
Buscando o ombro amigo
Desde 74 e só agora, então, consigo...

E eu sempre me perguntava
Buscando brincar com vocês,
Fofoquinhas, paqueradas,
O namoradinho de cada vez...

Não podemos esquecer
Os nossos queridos colegas
Sempre tão compenetrados
Querendo entrar nas conversas

Mas nós estávamos noutras,
Sonhos tão juvenis: sapos, príncipes
Idílios de toda garota,
Olhar de soslaio e linces...

Agora, nós somos mais soltas!...

(PARCERIA DE SENSIBILIDADE COM VERA JACOBINA EM HOMENAGEM AOS 36 ANOS DE FORMATURA DA TURMA DE MAGISTÉRIO/1974, DO COLÉGIO ESTADUAL DEOCLECIANO BARBOSA DE CASTRO, JACOBINA - BAHIA)

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

VIDA CIDADE (Ivan Aquino)


As pessoas se cruzam
Pelas ruas da cidade
Os olhares não se encontram
Pois não estão em sintonia.

As pessoas andam juntas
Mas se sentem separadas
Fazem parte da engrenagem
Mais não vivem em harmonia.

As pessoas se comunicam
Mas não conseguem se entender
Fazem “Torres de Babel”
Fazem vidas sem magia.

As pessoas falam em paz
Mas não conseguem encontrá-la
Fazem guerras à sua procura
Transformando-a em utopia.

Jacobina de todos os ângulos (Ivan Aquino)


Foto: Ivan Aquino.

Cortar o tempo! (Carlos Drumond de Andrade)


Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente


Então...
Para você
Desejo o sonho realizado.
O amor esperado.
A esperança renovada.
Para você,
Desejo todas as cores desta vida.
Todas as alegrias que puder sorrir
Todas as músicas que puder emocionar.
Para você,
Desejo que os amigos sejam mais cúmplices,
Que sua família esteja mais unida,
Que sua vida seja mais bem vivida.
Gostaria de lhe desejar tantas coisas.
Mas nada seria suficiente para
Repassar o que realmente desejo a você.
Então, desejo apenas que você tenha muitos desejos.
Desejos grandes e que eles possam te mover a cada minuto,
ao rumo da sua felicidade!

Carlos Drummond de Andrade

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

FELIZ NATAL & PRÓSPERO ANO NOVO!!!

Caros(as) amigos(as) e leitores(as),
A frase é manjada, mas os sentimentos são sinceros: Feliz Natal & um 2011 arretado de bom, somados a muita Paz, Saúde, Prosperidade, Luz e Proteção Divina.
Ivan Aquino.

BAZAR PRÉ NATAL

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

SONHAR E FAZER ACONTECER


Jamais abro mão
Dos meus sonhos,
Nem nos piores momentos.
Nessa hora
Penso no tempo,
Porque se perco,
É para ganhar...
Na vida,
O que importa,
É a alegria de viver,
Por isso sonho,
E faço acontecer.

Publicado no Recanto das Letras em 14/12/2010
Código do texto: T2671194

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Acredito em destino (Beto Borboleta)


Acredito em destino
E sei que não é por acaso.
Te espero a qualquer momento
Me perdoa se me atraso
Perco o trem ou avião
Mas,encontro sempre uma solução.

O QUE EU SOU? (Fernando Peltier)


Sou o ator que atiça o fogo
O poeta que tempera o vento
O cantador que reboliça a água,
Sou o ambientalista que revisita a terra!
Sou o sentimento que destempera eras
Sou canhão num troar tormento....
Sou, sim, o lenitivo no linimento,
O incentivo do encaminhamento!
O eco de todo tormento
O zelador de todas as mágoas,
Enfim sou os quatro elementos...
Fogo! Terra! Ar e Água!
Sou etc, etc, etc...e tal...
Faço meu próprio carnaval!

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Sou Nordeste Você é chuva... (Ivan Aquino)


Sou Nordeste
Você é chuva...
Sem você
O sol inclemente
Tortura minha mente...
Em meu solo árido, sementes
Esperam-te para germinar...
Teu prazer é me molhar,
Encharcar meus poros.
Meu prazer é te receber.
Vem como inverno,
Sereno na madrugada
Ou trovoada,
Mas vem.

Sou Nordeste
Você é chuva...
Com nossa junção
A vida resplandece mais viva,
O cinza vira verde
O leito seco
Vira rio.

Animais humanos (Amar Gomes)


Por trás da porta
Um homem se esconde
Apavorado com a violência
Do mundo lá fora.
Na visão do olho mágico,
O terror,
Os sons lá fora o enervam
Os cheiros o preocupam.
Pressão psicológica,
Nervos à flor da pele,
Quanto pavor...
E as flores nascem no quintal,
Os pássaros cantam ao amanhecer
O sol brilha, a noite vem,
A chuva cai.
É preciso viver
No meio da atribulação.
Humanidade, civilização,
Seres incompreendidos,
Seres incompreensíveis
Que amam violentando
Como animais humanos.

Balada para meu destino (Sibar Machado)


À quinta a noite prenuncia o final de semana. Pensei que esse sentimento fosse apenas das grandes cidades cheias de movimento e luzes com suas fumaças nariz à dentro. Enganei-me. Aqui também o cheiro do final de semana já chega pela quinta. Acho que morar no interior já não se parece tanto com aquele de uns dez anos atrás. O interior tá virando cidade grande. Cada vez mais ele ensaia vestibular rumo a uma faculdade de violência com crimes ao lado de mais poluição e corre-corre sem tempo pra um almoço tranqüilo.
Começa a chegar novamente à hora de mudar-me para um interior menor ainda. Quem sabe um com apenas quatro fileiras de casas e uma diminuta pracinha com uma igreja em seu perímetro ao lado de um posto bancário avizinhado de um de saúde pegado com a padaria e a venda amontoada de quinquilharias mostrando sabão e q-boa junto ao pão e na prateleira abaixo o óleo de cozinha misturado com detefon cujo proprietário Seu Nequinha despachando com as mãos encardidas de unhas grandes e maltratadas fungando pra alguns que lhe devem mas sorrindo pra outros em dia com sua caderneta de nota.
Bem ao fundo da última rua ainda sem muito valor de lazer, o mar. O mar de serventia apenas pro lazer da meninada e peixe que vem do trabalho do pescador que inicia com a madrugada ainda com o sol escondido dando seus sinais quando a canoa foge pro mar levantando sua vela emendada de uma dezena de sacos de açúcar erguida por uma tensa corda de sisal sustentada por um mastro de imburana de cambão levando três a quatro pescadores. Adentro do mar vão com o sol nascendo e a pino chegam com o cassuá derramando pilombetas de escama batendo-se no xaréu que empurra o peixe galo encostado nas tainhas por cima da plana e larga arraia com o rabo enrolado na cavala juntinho das serras da mesma cor da pescadinha que é a parente pobre da pescada amarela e um ou outro caçonete esbanjando seus vorazes dentes deixando marcas em seus vizinhos com o pronto vaqueiro do mar de cuia na mão descartando água e baiacus juntamente com espadas diminutas, mas com seus dentes afiados enrolados na recolhida rede. Com as ondas quebrando e água nos joelhos os poucos compradores miram sua presa com os olhos e D. Antonia com a bacia na mão escolhe o almoço. Os trinta a quarenta ou sessenta e com um pouco de sorte uns cem quilos de peixe dão o destino às vilas vizinhas e a cada casa fogo aceso.
De feijão verde com farinha de mandioca e pimenta de cheiro ao lado do limão com o arroz branco e ensopado de serra com leite de coco e rodelas de tomate boiando juntamente com cebola branca e tempero verde: fartam-se. Refresco de murici e doce de abóbora encerram pro início da centenária sesta de bucho pra riba numa rede de tucum amarrada de um caibo a outro que sustenta as ripas e telhas. Três horas da tarde aponta na mesa um café preto com tapioca assada na pedra de torrar a farinha recheada de crueira de coco.
Já o café e janta a noite... Bem. Volto pra onde estou tramando em meu juízo como ter diariamente aquele desejoso destino descrito. Quem sabe um dia crio coragem e mudo-me pra um povoado assim onde a vida demora passar pelos meus olhos. Quem sabe assim vejo melhor meus filhos crescerem. Quem sabe assim tenho mais tempo pra mim e para a minha companheira aqui do meu lado e esqueço o tempo perdido pensando no corre-corre e na violência acompanhada da multa causada pelo trânsito infernal juntamente com a prestação vencida e na bomba que matou dez na estação de trem próximo à fila do banco adorado pelos vereadores e deputados amicíssimos dos senadores e governadores ladrões financiados pelos empresários que adulteram seus produtos avalizados pelo banqueiro que saqueia a todos próximos ao policial corrupto que não aparece no jornal viciado que também não destaca em manchetes o miserável salário do trabalhador e não noticia a criança abandonada nem no desvio do dinheiro público da merenda escolar muito menos a morte do Zé no corredor do hospital por uma bala perdida que veio da favela inundada de barrigas vazias. Quem sabe...
Sibar Machado-2005

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Grupo Dionísio Artes se apresenta no IV MARCO.





Teve início nesta quarta-feira, 08/12, a 4ª edição do MARCO (Movimento de Arte e Cultura de Ourolândia). O evento é organizado pelo Professor Jacimário Silva e conta com a participação dos seus alunos da escola estadual. Apresentações de recitais de poesia, música e teatro fazem parte da programação que todos os anos recebe um grande público. Neste ano a abertura foi com o Grupo Dionísio Artes que apresentou o espetáculo “O Martírio de Cristo”. A peça foi dirigida por Mário Silva e teve no elenco: Alexandre Mello, Caroline Mota, Franklin Silva, Inácio Júnior, Ivan Aquino, Joel Cruz, José Pascoal, Lucas Matheus, , Magno Fagundes, Ricardo, Ubirajara Santos, Vânio, alunos do Colégio estadual e Ourolândia e atores convidados. “O Martírio de Cristo” Foi encenada para um auditório do Centro Cultural lotado e emocionou muitos dos presentes. Já existe a cobrança para novas apresentações.
O IV MARCO encerrou na sexta-feira à noite e os eventos foram bastante prestigiados pelos ourolandenses e visitantes e municípios circunvizinhos.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

NA PALMA DA CALMA DA ALMA (Fernando Peltier)


Lançado em Portugal, na Cidade do Porto, o livro NA PALMA DA CALMA DA ALMA, de Fernando Peltier.
Neste livro você encontra poemas antigos e novíssimos... a progressiva de um poeta, que brinca com os sons das letras, com imagens criadas na imaginação de cada um que o lê e interpreta segundo a sua própria leitura e visão de mundo.
E o seu autor que comenta em vocativa, também se utilizando de poesia:

“Vem!
Lê meu livro... fica comigo!
Vê que brinco com os sons das letras!...
Posso de repente compor retretas com afinco ou passear de trem...
Vem comigo viajar, tendo o sonho como um avião...
Vem correr mundo, em torno de um coração.
Este é o meu lado bom, o meu lado amigo, meu lado irmão!
Viaja ao meu lado comigo, dentro do meu livro!...
Não fica aí parado...
Não correrá perigo!”

Fernando Peltier é teatrólogo: Diretor Teatral formado pela EMAC/UFBA, Ator, Iluminador, Cenotécnico, Compositor de trilhas musicais de suas peças teatrais. É escritor com 5 livros publicados. Poeta e Dramaturgo. E escolheu o interior do Estado da Bahia para desenvolver seus talentos, sensibilizando e formando platéias, a partir de crianças de 2 anos de idade. Atualmente mora em Araci, no Território do Sisal e percorre toda a Bahia com suas peças, musicais, promovendo projetos, os mais diversos, cursos e oficinas de teatro, oratória, poesia e dramaturgia para crianças, jovens, adultos, profissionais liberais e da área de educação. Seus contatos: fernandopeltier@hotmail.com (msn e email), recantodasletras.uol.com.br/autores/afernandopeltier (blog de seus escritos), cirandadoteatropeltier (blog), www.fernandopeltier.com.br (site)
Quem se interessar por seu livro “NA PALMA DA CALMA DA ALMA” deverá solicitá-lo pelo link:
http://www.worldartfriends.com/store/search.php?search_query=fernando&submit_search=Search

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

TEAR (Vera Jacobina)


Ainda vou tecer,
Uma manta pra você,
Bem florida e colorida
Para usar em dia de festa.

Impregnada com meu cheiro,
Que é pra não, me esquecer.
Vou fazer uma pra mim,
Pra também lembrar você.

Bem cheirosa com teu cheiro,
Eu não vou me esquecer,
E no frio regado a vinho,
Também vou me aquecer.

Sendo assim desse jeito,
Com todo nosso amor,
Você lembra de mim,
E eu lembro de você.


Vera Jacobina
Publicada no Recanto das Letras

JACOBINA, CANTOS & CANTOS EM MEUS ENCANTOS! (Fernando Peltier)


Subo serras, não me canso...
vou ao topo das montanhas,
abrindo trilhas,
abrando-me, não estanco.

Sofro com os teus rios
em tuas entranhas!!!
(Único aspecto negativo,
que merece dos poderes
e do povo atitude, ato-ativo!)

No mais, és Jacobina,
lugar que me apraz!

A cidade tortuosa de tão bela,
cada rua tem seu charme,
teu suor, tua tutela...
lembrança de uma história comovida,
de heróis em sacrifícios,
que te deram Paz.

Embora o ouro e suas jazidas...
gosto do teu rosto, Jacobina...
quero teu sorriso de menina...
amo teu corpo, Colombina,
serei teu Pierrô
sendo teu Arlequim...

Sinto teu cheiro, Jacobina,
alfazema e alecrim
entranhado nas narinas...

“Alecrim, alecrim dourado,
Que em ti nasce no campo
sem ser semeado...”

Tudo em Ti, Jacobina!
Todos os teus cantos
são os meus encantos,
no canto do teu cantar
sereno, duradouro...

Ah, cantarei a Serra do Ouro,
ouro de 18 quilates,
nas Missões, minhas orações,
meus 50 corações
meus engates,
meu gatilho
e armamentário...
onde armazeno o meu amor
armado até os dentes
de Paz do nosso amor!

Dedicarei minh´alma como ex-voto
aos pés da Santa Cruz do teu Cruzeiro
paixão em contínuo moto,
a deitar velas acesas num luzeiro.

Jacobina, converto-me!...
Serei em tua fé, serei teu filho,
seguirei as trilhas no teu trilho!

Antonio Fernando Peltier
Publicado no Recanto das Letras em 30/11/2010
Código do texto: T264637

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

DESATINO (Ivan Aquino)


Sigo cego.
Sou ateu?
Sou atoa?
Ou sou atroz?

Sigo cego.
Curioso?
Medroso?
Ou sou náufrago?

Sigo cego.
Sou messias?
Anti-Cristo?
Ou apenas frívolo?

Sou só cego,
Sem bússola,
Sem estrelas,
Sem destino.

Temporal urbano (Adriano Menezs)


Abro a porta e parto em busca
de algo n’água brusca que cai.
Não sei que sede desde sempre
excede em meu eu...

Só sei que sinto um santo nó
Cego na goela ao sair,
mas sigo e nego as sinas
e os sinais.

Por isso, parto porta afora agora,
num hoje com cara de ontem
e aporto no afã de algo comum,
como um amanhã por vir.

Fonte:http://jogodepalavrasnoar.blogspot.com/

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Espaço Terra que Brilha


O Espaço Terra que Brilha surge na cidade como um novo conceito para os apreciadores de arte e cultura funcionando normalmente todas as sextas-feiras das 17 às 20 horas.

Faça-nos uma visita!

Nesta sexta (26) o artista plástico CMatos estará pintando ao vivo.

Rua Floriano Peixoto, 229
Bairro da Serrinha
Jacobina - Bahia.

IV MARCO: Movimento de Arte, Educação e Cultura de Ourolândia.

XXIII Semana Espírita de Jacobina/BA

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Brigadin! (Vera Jacobina)


Menino que mimo,
Mas eu sou tudo isso?
Deixa-me encabulada,
Precisava ver minha cara,
Garanto que hoje não durmo,
Olhando para as paredes,
E sempre aquela sede,
De ler e reler,
Tão linda poesia!
Que enche-me de alegria,
E faz-me lembrar,
Que foi você, um dia,
Que me incentivou,
A postar as minhas poesias.
Eu tímida as escondia,
Nem ao menos sabia,
Que o que escrevia,
Era simplesmente, poesia.
Tenho muito para aprender,
Também compreender,
Esse lindo universo,
Contado em prosa e verso,
Que gosto tanto,
E que me encanta,
Fazendo-me escrever,
De forma simples,
Porque esse realmente,
É o meu jeito de ser!

E assim desse jeito, agradeço o lindo presente, aproveitando para dizer-lhe, que fiquei muito feliz, e ao mesmo tempo parabenizá-lo, por mais esse belo trabalho. Beijinhos.

Vera Jacobina
Publicada no Recanto das Letras

Essa moça... (Fernando Peltier)


Essa moça
tem a leveza duma infante,
nunca esquecerá a boneca,
jamais a peteca
e tanto se recicla
reinventando formas
de dizer o que pensa,
no modo que se explica,
que até quando silencia,
inda assim é só poesia,
na lhaneza da elegância!

Mas Vera e sua sensibilidade
inda assim é tímida e tão quimera...

Ah, quisera todo poeta
encontrasse em sua reta
tamanha tenacidade...
Versos, rimas, ritmo, métrica,
mitos, ritos, crenças céticas,
metas constantes de sua poética
no ouro de seus tapetes de acácias.
Antonio Fernando Peltier
Publicado no Recanto das Letras em 05/11/2010
Código do texto: T2599205

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

PARABÉNS PARA A BAHIA, HOJE, AMANHÃ, TODO DIA!


(Essa poesia é em homenagem à Baía de Todos os Santos, que fez aniversário recentemente, e dedicada a Fernando Peltier, um soteropolitano que ama a Bahia, lugar onde nasceu, viveu, e foi muito feliz.)
É bem verdade,
Que nascer na Bahia,
Não é para qualquer um,
E sim para aqueles,
Com o dom de ser baiano,
Baiano da gema, entendem?
Nessa linda cidade,
Tudo inspira felicidade,
Aqui se vive,
Se aprende a ser feliz!
Aqui, em busca do eu,
Encontram-se os nós,
Nós pronome,
Nós gente bonita,
Cheia de gingado,
Que desata nós,
Que canta e dança
E faz da Bahia,
Um estado de alegria!

Vera Jacobina
Publicada no Recanto das Letras

DOROTÉIA VAI À GUERRA.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

terça-feira, 7 de setembro de 2010

SOU... (Fernando Peltier)


SOU...

...mamífero-roedor-antropófago-lambedor...

Eis que sou...
Antônio Fernando Peltier Loureiro Freire...
com um nome des´tamanho,
sou e serei único no mundo
e antanho,
quem sabe não fui rei, oh, meu rei!...
no Eire?

Bastar-me-ia apenas ser Antonio...
[comido e degustado, o acento circunflexo,
(!!!jamais o assento!!!... Por isso eu zelo!)
pelo escrivão do Instituo Pedro Mello...]
ou apenas e tão somente
ser Fernando Peltier..
cara de gato...
nariz de fu... de fu... de fu!...
- de fu... o quê?
- Ah...de futricar o prazer de viver!!!!
(Maliciosos!!!)
E MAIS:Quem quiser ser minha amiga ou meu amigo...é fácil, entre em contato comigo, mas se identifique, mostre a cara... não se esconda! E se submeta à minha aprovação...Ou deixe de onda!

AMOR DÁDIVA DIVINA (Vera Jacobina)


Pedi um presente ao Senhor,
e quando você chegou,
eu tive a certeza,
que um anjo aportou.

Um anjo, que fez um dia,
meu sol voltar a brilhar.
Chegou assim...devagarinho
tal e qual passarinho
trazendo paz e alegria
ocupou de mansinho
um lugar no meu ninho.
Era você...
pequenino, lindo...
um ser especial,
que sem igual
fez tudo mudar.

A gente sente,
sem saber explicar,
que foi um presente,
no presente, no pretérito
incondicional do futuro
do sempre...,
Deus daria, Deus Dará
E nos deu e nos dá...

Para João Victor, meu filho-sobrinho querido!

Vera Jacobina
Publicada na Antologia do Projeto DELICATTA
Com divulgação na Semana Internacional do Livro
No Iataú Cultural, e no stand da Editora DELICATTA no Anhembi
Em São Paulo, nos dias 13 e 14/08/2010

Que Deus é esse? (Bob Silva)


MORRE UM RICO...dobram os sinos.
MORRE UM POBRE...não há dobres.
QUE DEUS É ESSE dos padres
QUE NÃO TEM PENA ...dos pobres?...

ARISTEU PINTO DE QUEIROZ (BOB SILVA)


Dados biográficos de pessoas ilustres: O nosso estimado Bob Silva, nascido a 28 de dezembro de 1918 e falecido em 12 de junho de 1976. Era filho legítimo de Roseno Pereira Lima e Hermelina Cardoso Menezes. Natural de Largo município de Mundo Novo, Bahia. Por haver falecido a sua mãe quando ele nasceu, foi entregue ao casal Antonio Pinto de Queiroz e Doraldina Alves Barreto, que não possuindo filhos, adotou-o como já havia adotado uma sobrinha de nome Minervina Barreto. Foi criado com amor de filho verdadeiro.
"Teteu", como lhe chamavam os parentes e amigos, desde cedo mostrou-se inteligente, aprendendo tudo o que via. Os seus pais adotivos procuravam dar-lhe uma educação aprimorada, que não era encontrada no lugarejo em que viviam. Por isso, foi mandado para a cidade de Jacobina, matriculando-se na Escola Particular da professora Alice Barros de Figueredo, fazendo ai o seu curso primário. Desde os dez anos de idade, já fazia as suas composições musicais e tocava violão animando as festinhas da sua terra. Foi estudar em Salvador, chegando a fazer o curso ginasial. Seu pai queria que ele continuasse os estudos, porém, ele não quis. Com a vivência em Salvador, iniciou a vida boêmia dos seresteiros. Não seria o diploma de médico, bacharel ou outro qualquer que ele desejava. Pretendia ser livre, exaltando as terras por onde passava, com seus versos, sua voz e o seu violão. E assim compôs "Minha Infância em Jacobina", "São Paulo", Feira de Santana" (compacto gravado pela Discos Sancléa Ltda, de Feira de Santana).
Foi para o Rio de Janeiro, à procura de um ambiente propício ao seresteiro. No Rio trabalhou na Rádio Nacional e na Rádio Tupi, deixando esta última sem terminar o contrato.
Os seus pais adotivos eram pessoas abastadas. O seu pai adotivo, o Sr. Antonio Pinto de Queiroz, constituiu uma outra família. Com a sua morte, essa família e os seus tios adotivos, conseguiram deserdá-lo. Apossaram-se de terras e ele não fez nenhuma questão, porque já levava uma vida sem ambição.
Casou-se pela primeira vez com uma jovem de Recife, quando em suas andanças boêmia. Casou-se pela segunda vez, em São Paulo, com a enfermeira Maria Madalena, havendo dessa união dois filhos. Certamente, a vida que levava, não manteve a estabilidade do lar. Compôs outras canções: "Simplicidade", "Jangadeiro de Itapuã", "Pajuçara", "A Ceguinha", "Uma Estrela no Céu", "Zefinha", "Cais do Porto" e outras, constituindo o seu primeiro compacto impresso pela Sinter do Rio de Janeiro. Em todas as suas músicas, percebe-se claramente o estilo nostálgico.
Trabalhou na Rádio de Feira de Santana e nos últimos anos de vida, vivia na terra que mais amou (e foi desprezado) Jacobina. Trabalhou no "Serviço de Alto Falantes da cidade".
Várias vezes precisou da caridade pública, a fim de ser internado no Hospital de Feira de Santana para tratamento especial. Logo que recuperava, voltava a Jacobina. Em uma dessas idas, não mais voltou, lá falecendo no dia 12 de junho de 1976, vitimado por um endema pulmonar. Reconhecendo que iria morrer pediu a enfermeira-chefe Mariene Garcia Passos, nossa conterrânea, que lhe dava toda assistência; o desejo de ser enterrado aqui, na terra natal, em que desenvolveu a sua infância.
Cabe a nós jacobinenses, satisfazê-lo, transladando os seus restos mortais para uma sepultura digna, como digna foi a sua vida, que as autoridades constituídas possam realizar esse sonho de artista Jacobinense, os artistas fazem a memória desta terra de Jacó & Bina. Que Deus tenha piedade de sua alma!

Agnaldo Marcelino Gomes

Busca (Beto Borboleta)


Busco um amor perdido,daqueles que nunca irei encontrar.Busco estar sempre fora do perigo,inerte em um sofa.Busco,mas nem sempre encontro,o meu rosto traz rosto.Busco estar perto da vitoria e longe do desgosto.
Busco, e nunca encontrei, os guarda-chuvas esquecidos na escola em que estudei.
Busco estar perto dos vencedores.Isto faz ao menos me sentir um deles.
Busco nao mijar fora do vaso sanitario,mas as vezes nao da.Busco estar mais vezes calado.E isto¿?Nem por milagres!
Busco Milagres....Busco Verdades....Busco Solucoes.......
Busco voce, perdida em uma dessas esquinas que na vida tem tantas.Busco ter respostas para tuas perguntas.Busco ter perguntas para tuas respostas.Busco nao estar triste, e nem me sentir sozinho.Busco meu violao, esquecido em um canto da casa tao mudo quanto o silencio.Busco fazer barulho, e adoro a paz alcancada.Busco gozo.Busco prazer.Busco o momento de encontrar voce, e a partir dai,todas as minhas "buscas" se acabam.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

SER CRIANÇA (Vera Jacobina)



Quando eu era pequenina,
brincava com minhas amiguinhas,
de roda e de boneca,
era muito sapeca.

Ainda brinco de roda,
mas também vou pra escola,
e as bonecas na espera,
para quando eu voltar.

Levo sempre minha lancheira,
também chamada merendeira,
cheia de frutas saborosas,
e merendas bem gostosas.

A mamãe é quem escolhe,
tudo com muito cuidado,
pois diz que comer frituras,
faz pra nós, um mal danado.

Vera Jacobina

P.S.: ESSA POESIA FOI PUBLICADA NA ANTOLOGIA INTERNACIONAL, Poesia Pura e Simples

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

CASAMENTO PERFEITO (Parceria de Sensibilidade com Vera Jacobina)


Enfim se casaram
o poeta e a poesia...
num ato discreto,
com muita alegria,
foguetes, folguedos,
fanfarra, cantoria.

Foi após ter-se dito:
por esse povo ousado...
tanto tempo o namoro,
que rito demorado!
Mas tudo o que é sempre bonito,
tem sua leva de encantado.
E ninguém punha mais fé
nesse ato incontido,
pois, não mais esperavam
esse enlace curtido...
fez-se em relance o lance
e eis que, em Jacobina
se lhes deram a chance
a que a nupcial valsa dancem
atendendo ao romance
entretendo ao Cupido!

Ali mesmo, Jacobina
escolhida pro foro,
pra fugir da rotina
deram de convidar
o Jacó e a Bina
para enfim testemunhar
essa bendita sina
e beneditas bençãos de Dito
e Tonho que trocaram a batina
pra celebrarem o matrimônio...
o importante de tudo
é o momento feliz
celebrado à noitinha
na Igreja Matriz!
O poeta tão sábio
E num tom tão pomposo
Disse à sua amada
num tom carinhoso:
amor de primeira
e à primeira vista
desse amor que desvela
com toda conquista...
amor de todo o sempre
e há de se perder de vista
que nem a morte separa
pois a vida repara
toda falha que exista!

Foram eras e eras
de namoro e paquera
mas tomaram a decisão
descobriram afinidades
condizentes ao coração...

Guloseimas variadas,
confeitado e grande bolo,
buquê arremessado
ao ar como consolo...
Ih, quem pegou o ramalhete
u'a solteirona renitente...
chamada Poema
poetisa da gema!
Valeu a pena esperar
por essa graça ditosa,
e assim se espera uma safra
em uma prole generosa
de lirismos encantados:
Sonetos, Cirandas,
Prosas-poéticas
ou poéticas-prosas,
céus azuis, tantas rosas...
aromadas e airosas,
poetrix, indrisos, haikais,
parcerias e duetos
e até no imaginário,
num insite de um clic,
com Obelix e o Asterix...
muitas trovas, tantos ais...
motes bem sugestivos
diversos versos metrificados
ou apenas “sensitivos”,
poesias concretas
ou parnasianianas
sentimentos e atrativos
lançados ao universo
onde o verso se une uno
no inverso dessa tribo
sempre ileso e imune
como todo aquele verso
que o bem e o amor reúne...
Foi assim que se deu
essa história de amor
que se bem reparada
parece-se com um louvor
à nossa própria história...
com fervor aqui contada
num capítulo desse recanto
aos sorrisos e sem pranto
escrito com intenso encanto
por nós assim chamado
“Um Amor de História de Amor”.

Além de tudo, sincera
dentre histórias de amores,
pintada e ponteada numa tela
decantada e cantarolada
por essa dupla de autores
que é Fernando e também Vera.
Antonio Fernando Peltier
Publicado no Recanto das Letras em 05/08/2010

MARIA FUMAÇA... QUANTA SAUDADE!!! (Amar Gomes)


O sistema de transporte mais importante, hoje, é o rodoviário, mas em épocas passadas o transporte mais utilizado era o ferroviário, que fazia o transporte de passageiros e cargas para a capital do Estado e outras cidades, o escoamento dos produtos de toda a grande região era feito através da Estrada de Ferro Leste Brasileiro, que muito contribuiu para o desenvolvimento da região. Por mais de meio século a ferrovia beneficiou nossa cidade e outras.
Quem não sente saudades da Maria Fumaça, com seu barulho característico e o apito estridente ecoando por entre as serras, trazendo saudades de alguém que partiu ou aquela ansiedade da espera de alguém que vinha retornando no trem, para o velho ninho de saudades.
Trem de ferro, quanta saudade! A espera na estação, o encontro com a namorada, um aperto de mão, o piscar de olhos, tempo gostoso que já vai distante e que não volta mais, aos domingos ir a estação para despedir-se de alguém e as vezes para acompanha-la até a próxima estação, sempre aos domingos, porque havia um trem descendo para Caén e outro subindo para Miguel Calmon, que eram as próximas estações de Jacobina... e lá estávamos nós nos despedindo, saltar na próxima estação, um abraço, um beijo, mil juras de amor, e um lencinho branco se agitando se agitando na janela do trem em disparada. Um longo apito e a saudade cortando o coração, hoje só resta a saudade.
"Minha infância em Jacobina ó menina", música do cantor e compositor Aristeu Queiroz, que cantava as belezas sua terra como ninguém, principalmente quando o trem vinha chegando em Jacobina: "Na Serrinha a vez é minha, o trem apita, o povo se agita, esperando alguém, que vai chegar no trem".
Assim cantou o saudoso Bob Silva, numa linda canção que compôs em homenagem a sua terra natal.
Recuando no tempo e revolvendo na mente, são muitas as saudades de um tempo em que a gente era feliz e não sabia.
Bar da Leste que funcionava em anexo ao prédio da estação, onde se tomava umas e outras, uma loura bem gelada enquanto se esperava a chegada do trem, às vezes havia música ao vivo, quando a namorada de algum seresteiro ia viajar ou estava chegando de férias, era sempre uma festa. Que fazer com os sentimentos quando eles retornam como uma linda canção de amor... Maria Fumaça, você ficou na lembrança. Hoje só resta a saudade.
Devido as condições precárias em que se encontrava, a via férrea perdeu a sua viabilidade de transporte de cargas e passageiros, perdeu a sua movimentação... devido a chegada das estradas de rodagem e os pesados caminhões de transporte de cargas. Maria Fumaça ficou cansada e foi sufocada pela evolução dos tempos, vieram as máquinas diesel, que não tinham nenhuma graça e a beleza de Maria Fumaça, mas era o avanço do potente modernismo.
Por volta de 1975/76 não se ouviu mais o grito rouco e o apito saudoso cortando os ares, Maria Fumaça emudeceu, quanta saudade...

Foto de Alex Sandro (Cueca)

CORPUS CRISTIE 2010

C Matos

terça-feira, 17 de agosto de 2010

PAISAGEM VERDADEIRAMENTE VERA! (Fernando Peltier)


A PAISAGEM HUMANA
PERFEITA E TÃO BELA
FUNDE-SE COM A PAISAGEM
QUE FAZ-SE POR SI E POR ELA...
COISA INFINDA DA NATUREZA...
TAMBÉM PUDERA,
ELA É PARTE DO NATURAL
QUE MUITAS VEZES
SE ESPELHA E SE INSPIRA SÓ NELA!

(Postada em comentário
numa foto dela no meu orkut,
que o cara aqui só curte,
o orkut e ela!...)
Antonio Fernando Peltier
Publicado no Recanto das Letras em 13/08/2010

ESPELHO (Vera Jacobina)


Observo meu rosto
naquele espelho,
que me acompanha
desde pequena.

Quantas caretas,
jeitinhos e trejeitos,
(a me espiarem),
naquele espelho...

Ele me conhece mais do que eu...
que não vi o tempo passar,
e que me acompanha...
E faz-me pensar,

Num tempo que foi,
tempo que virá.
e sendo assim...
Deus dará, Deus dará!...

Cada idade tem seu fascínio,
aquele espelho há de mostrar
todo o desígnio de meu destino,
"Três... três... passará!..

Vera Jacobina
Publicada no Recanto das Letras

Anônimos (CMatos)

Nada do que pareço! (Beto Borboleta)


Eu sou aquilo que voce nåo vê,
mas pode estar ao seu lado!
Sou o que você quer ser,
e ao mesmo tempo, a tua tempestade de veråo,
abrupta e indesejável,
porém aliviante!
Sou o desejo mais obsceno,
a vontade saciada!
A noite mal dormida,pensando na mulher amada,
afinal,sou tudo que escrevo,
mas nada do que pareço!

quinta-feira, 29 de julho de 2010

sexta-feira, 16 de julho de 2010

A HISTÓRIA DE UM AMOR (Vera Jacobina)


A HISTÓRIA DE UM AMOR
O amor era jovem,
E não tinha nenhuma pressa...
Com o tempo,
Foi crescendo,
Mas ficou escondidinho.
Um dia, surgiu um encontro,
Se iniciou uma história.
Aconteceu um desencontro...
Mais uma vez,
O amor ficou sozinho.
Um reencontro...
O amor já adulto,
E sabendo o que queria,
Reiniciou uma história,
Muito cheia de alegria.