segunda-feira, 29 de novembro de 2010

DESATINO (Ivan Aquino)


Sigo cego.
Sou ateu?
Sou atoa?
Ou sou atroz?

Sigo cego.
Curioso?
Medroso?
Ou sou náufrago?

Sigo cego.
Sou messias?
Anti-Cristo?
Ou apenas frívolo?

Sou só cego,
Sem bússola,
Sem estrelas,
Sem destino.
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3 comentários:

  1. Maria Maria30 de novembro de 2010 às 10:13

    "Sou só cego,
    Sem bússola,
    Sem estrelas,
    Sem destino"

    Gostei muito desses versos, amigo!

    Um abraço,

    Marré

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  2. Fernando Peltier2 de dezembro de 2010 às 19:23

    Gosto que me enrosco nas palavras dos teus versos, no sentido dos sentidos e sentimentos sedentos, famintos!
    Poesia é dor, é a alforria do nosso interior,
    é cantar pulsante num quasar de loas!!!
    Gosto da sua poesia e todas as que são boas.
    Poesia é ritmo que facilita a leitura e dá a dinâmica do prazer da leitura...
    A criação da criatura abençoada pelo Criador!
    Parabéns, meu caro poeta! E grato por suas considerações com as nossas pessoas!
    Fernando Peltier e Vera Jacobina.

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  3. Fernando Peltier2 de dezembro de 2010 às 19:51

    O QUE EU SOU?
    Sou o ator que atiça o fogo
    O poeta que tempera o vento
    O cantador que reboliça a água,
    Sou o ambientalista que revisita a terra!
    Sou o sentimento que destempera eras
    Sou canhão num troar tormento....
    Sou, sim, o lenitivo no linimento,
    O incentivo do encaminhamento!
    O eco de todo tormento
    O zelador de todas as mágoas,
    Enfim sou os quatro elementos...
    Fogo! Terra! Ar e Água!
    Sou etc, etc, etc...e tal...
    Faço meu próprio carnaval!

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