Senhor Presidente da Academia Jacobinense de Letras,
professor Edmundo Isidoro dos Santos, em nome de quem cumprimento toda a mesa
desta Egrégia casa, Senhoras, senhores, meus amigos e minhas amigas:
Nas minhas palavras
iniciais não posso deixar de falar da importância deste momento para a história
da minha existência, não podendo deixar de expressar meus agradecimentos a
todos vocês que compartilham este momento comigo.
Compor este seleto
grupo é motivo de orgulho para todos que entendem a importância das letras. A
própria história da humanidade é uma comprovação desta importância, pois foi lá
na região da Mesopotâmia que descobriram os primeiros registros escritos da
trajetória da raça humana. Os escritores, através dos tempos, têm sido verdadeiros
historiadores, e os historiadores têm sido verdadeiros escritores.
Mas voltando para a
atualidade, minha trajetória no mundo das letras começou quando Dona Laurita,
minha mãe que está aqui presente, me incentivou a ler pequenos livretos com
histórias bíblicas. Depois disso vieram os gibis, como bom nordestino a
literatura de cordel e os primeiros livros de literatura. Já li a Bíblia
completa, vários livros de história, e já perdi a conta dos romances. Tornei-me
um leitor compulsivo, e de tanto ler resolvi me arriscar na arte de escrever.
Na adolescência comecei a escrever poesias, mas depois que as lia achava-as tão
bobas que acabava rasgando-as. Dessa época não sobrou nenhuma.
Depois de ler mais um pouco e fazer faculdade,
voltei a escrever. Dessa vez o resultado, não foi diferente. Rasguei mais um
bocado de poesias. Cheguei até a ficar em dúvida se eu gostava mesmo era de
escrever ou de rasgar as poesias. Até aí eu não me sentia encorajado a mostrar
minhas poesias para ninguém. Um dia escrevi algumas poesias que achei até
interessante e resolvi mostrar para alguns colegas. Inicialmente disse que eram
de um amigo e não minha. No primeiro elogio eu disse que eram minhas mesmo. Com
os elogios e comparando com poesias de outros colegas me encorajei a continuar
escrevendo.
Vieram mais poesias, letras de músicas, textos
para jornais, uma peça teatral, um livro (resultante de uma monografia) e
atualmente estou empenhado em escrever mais um livro. Junto com meu saudoso
amigo, Amar Gomes, publiquei algumas poesias na Coletânea “Novíssimos poetas
brasileiros” pela editora Shogun. Quando
fui diretor do Centro Cultural pela primeira vez, enquanto Dr. Carlito escrevia
“E o couro come” eu escrevia a coluna de cultura do jornal “A Palavra”. Quando Dr.
Rui Macedo era deputado, me empregou como diagramador no Jornal “A Voz da
Chapada”. Como ele estava quase sempre em Salvador , eu aproveitei para
escrever uma coluna sobre cultura – até hoje eu não sei ele gostou ou não.
Depois eu pergunto. Bem escrevi, dirigi e atuei na peça “Que empresa é essa”,
junto com meus colegas do grupo Lunart. O livro escrito e ainda não publicado foi
baseado na minha monografia para o curso de história, ele fala sobre Fecha Beco,
uma figura folclórica em Jacobina, que acredito muitos aqui presentes
conheceram. O título é “A história de um velho cão” e relata a chegada de Fecha
Beco a Jacobina e criação do famoso bloco “Os cãos”. Não vou falar muito sobre
o livro, pois se eu contar tudo ninguém vai querer comprar quando eu
lançar. O livro ao qual estou me
dedicando atualmente ainda não tem prazo para terminar, pois eu envolvi as
personagens em cada situação que está difícil de achar uma saída. Incentivado
pela minha amiga Vera Jacobina, comecei a escrever para sites literários e hoje
participo assiduamente da “Mar de letras” e do “Recanto das letras” que
difundem as nossas poesias pelo mundo afora. Na condição de novo Acadêmico, sentir-me-ei
revigorado para continuar escrevendo.
Tenho muitos
agradecimentos a fazer, desde minha mãe, que, como já falei me incentivou nas
primeiras leituras, ao saudoso amigo Amar Gomes que me estimulou nas primeiras
publicações; ao colega Cledson Sady, que me encorajou a solicitar uma cadeira
nesta honrada entidade, a todos os componentes da AJL, que me deram este voto
de confiança, à minha família, especialmente a minha esposa Victória, que
sempre tem me apoiado e a todos aqueles que sempre me incentivaram neste
caminho.
É realmente uma honra
compor essa egrégia entidade, a Academia Jacobinense de Letras, e espero
merecer a confiança que a mim foi dispensada pelos meus pares.
Mais uma vez obrigado
pela presença e uma boa noite à todos. (Jacobina, 26/07/2013).