quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

O QUE PODEMOS MELHORAR (Simão Barros)


A escola, do ponto de vista formal, tornou-se uma instituição reverenciada e ao mesmo tempo local para um estabelecimento que reflete apenas uma sociedade injusta.

Tal situação encontra-se enraizada por diversos fatores. Entre eles, aparece de forma destacada, a ausência ou distorcidas políticas públicas, isto é, mal aplicadas. Assim também se ancora para tal situação a própria dinâmica da escola, suas relações entre direção, docentes, pais, alunos e entorno.

Esta é a recepção da escola. Mas o que se espera ou poderia se esperar? Ao chegar à escola pela primeira vez observa-se uma experiência inusitada para a criança. Neste momento é fundamental uma recepção de alegria e, sobretudo aceitação, principalmente a aceitação no que se refere ao que a criança carrega de conhecimento. Assim, ela já tem dentro de si toda uma cultura. Uma cultura que reflete seu comportamento, suas relações com seus familiares e com sua comunidade. Esta cultura traduz seu conhecimento até então e ignorá-lo é transformar a criança como uma tábula rasa, por isto este momento é fundamental para que se traduza em um ambiente acolhedor e reconhecedor.

Um ambiente acolhedor se traduz despido de preconceitos. Este é um dos desafios e papel do educador. Encarar as diferenças requer algumas posturas de reconhecimento do outro. Assim faz-se necessário uma postura desnuda de alguns preconceitos marcantes, como o étnico, religioso e social. Especificamente o social, observa-se que a criança pertencente às camadas menos favorecidas (baixo poder aquisitivo, baixo nível de escolaridade dos pais, etc) encontra-se em uma situação ausente de própria reivindicação, daí a necessidade de estabelecer uma postura educacional de diálogo, compreensão e tolerância.

Falar de pais presentes nas escolas ainda soa como algo impossível, contudo muito se noticia de experiências que traduzem êxito no andamento da escola quando há participação dos pais e comunidade. Mas não um chamamento aos pais e comunidade para fazerem de seus ouvidos apenas lamentações e reclamações originárias do comportamento discente. Cabe a direção da escola uma postura de liderança diante do corpo docente, discente e principalmente nas relações com pais e comunidade onde está inserida a escola.

É desejo de uma escola com um corpo discente preparado para os desafios de uma sociedade onde se encontra uma escola - particularmente nas regiões metropolitanas, grandes e médias cidades - arrodeada de lan houses, bares equipados com caça níqueis, traficantes aliciadores de menores, violência sexual e urbana, estudantes filhos de famílias desestruturadas, drogados, etc.

O desafio do professor não tem sido apenas ser um eficaz sobrevivente em seu trabalho, mas um conhecedor da sua própria matéria. Um conhecedor de sua própria matéria que se traduza em uma aprendizagem útil para o discente e interativo com sua sala de aula. Desafios como a atualização de conhecimentos tornou-se linguagem corrente. Assim, não praticar as novas tecnologias no laboratório de informática da escola está criando o estereótipo do professor excluído digitalmente, bem como a participação em cursos de formação continuada.

Nas formações continuadas e na própria rotina diária da escola requer um profissional disposto e disponível para uma série de relações. Relações de diálogo entre seus pares, discussões de projetos para toda a comunidade escolar. Requer um profissional que ouça o que toda a comunidade escolar e entorno tem a dizer. Enfim, um ambiente democrático que traduza um aprendizado que propicie um crescimento para o estudante com a participação de toda a comunidade escolar.

Simão Barros
Professor da rede estadual da Bahia e municipal de Jacobina-Bahia-Brasil

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http://www.jacobina.ba.io.org.br/

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Grupo Dionísio Artes na Jacobina FM.


Nesta terça-feira, 04/01/2011, integrantes do Grupo Teatral Dionísio Artes participaram do Programa Jacobina FM Esporte Clube, que tem como apresentadores e comentaristas Walmor Liberato, Vicente Gouveia e Wilson Vieira. Durante o programa os artistas interpretaram os personagesn da peça "O bem amado". Os apresentadores fizeram perguntas sobre política, esporte, cultura aos personagens da cidade de Sucupira, dentre eles o polêmico prefeito Odorico Paraguaçu (Mário Silva), Dirceu Borboleta (Ivan Aquino), Zeca Diabo (Franklin Silva), Dorotéia Cajazeira (Rosa Menezes), Jujú Cajazeira (Fabrícia), Primo Ernesto (Inácio Júnior), Mestre Ambrósio (Joel), Zelão (Ricardo) e a viúva (Mariana Vitória). O programa aconteceu num clima de muito humor, com perguntas inteligentes dos apresentadores e respostas hilariantes dos personagens. Numa das respostas Dirceu Borboleta denunciou que o prefeito Odorico paraguaçu vendeu o terreno onde seria construído o estádio municipal para investir na construção do cemitério. Vários ouvintes telefonaram durante o programa, demostrando a grande audiência do mesmo. Mário Silva, ator e diretor do grupo, falou sobre as atividades do grupo em 2010 (apresentação das peças "O bem amado" e "O martírio de Cristo") e os planos para 2011. Entre os planos estão reapresentações das citadas peças, tanto em Jacobina como em outros municípios, e a produção de um trabalho infantil.