
Dados biográficos de pessoas ilustres: O nosso estimado Bob Silva, nascido a 28 de dezembro de 1918 e falecido em 12 de junho de 1976. Era filho legítimo de Roseno Pereira Lima e Hermelina Cardoso Menezes. Natural de Largo município de Mundo Novo, Bahia. Por haver falecido a sua mãe quando ele nasceu, foi entregue ao casal Antonio Pinto de Queiroz e Doraldina Alves Barreto, que não possuindo filhos, adotou-o como já havia adotado uma sobrinha de nome Minervina Barreto. Foi criado com amor de filho verdadeiro.
"Teteu", como lhe chamavam os parentes e amigos, desde cedo mostrou-se inteligente, aprendendo tudo o que via. Os seus pais adotivos procuravam dar-lhe uma educação aprimorada, que não era encontrada no lugarejo em que viviam. Por isso, foi mandado para a cidade de Jacobina, matriculando-se na Escola Particular da professora Alice Barros de Figueredo, fazendo ai o seu curso primário. Desde os dez anos de idade, já fazia as suas composições musicais e tocava violão animando as festinhas da sua terra. Foi estudar em Salvador, chegando a fazer o curso ginasial. Seu pai queria que ele continuasse os estudos, porém, ele não quis. Com a vivência em Salvador, iniciou a vida boêmia dos seresteiros. Não seria o diploma de médico, bacharel ou outro qualquer que ele desejava. Pretendia ser livre, exaltando as terras por onde passava, com seus versos, sua voz e o seu violão. E assim compôs "Minha Infância em Jacobina", "São Paulo", Feira de Santana" (compacto gravado pela Discos Sancléa Ltda, de Feira de Santana).
Foi para o Rio de Janeiro, à procura de um ambiente propício ao seresteiro. No Rio trabalhou na Rádio Nacional e na Rádio Tupi, deixando esta última sem terminar o contrato.
Os seus pais adotivos eram pessoas abastadas. O seu pai adotivo, o Sr. Antonio Pinto de Queiroz, constituiu uma outra família. Com a sua morte, essa família e os seus tios adotivos, conseguiram deserdá-lo. Apossaram-se de terras e ele não fez nenhuma questão, porque já levava uma vida sem ambição.
Casou-se pela primeira vez com uma jovem de Recife, quando em suas andanças boêmia. Casou-se pela segunda vez, em São Paulo, com a enfermeira Maria Madalena, havendo dessa união dois filhos. Certamente, a vida que levava, não manteve a estabilidade do lar. Compôs outras canções: "Simplicidade", "Jangadeiro de Itapuã", "Pajuçara", "A Ceguinha", "Uma Estrela no Céu", "Zefinha", "Cais do Porto" e outras, constituindo o seu primeiro compacto impresso pela Sinter do Rio de Janeiro. Em todas as suas músicas, percebe-se claramente o estilo nostálgico.
Trabalhou na Rádio de Feira de Santana e nos últimos anos de vida, vivia na terra que mais amou (e foi desprezado) Jacobina. Trabalhou no "Serviço de Alto Falantes da cidade".
Várias vezes precisou da caridade pública, a fim de ser internado no Hospital de Feira de Santana para tratamento especial. Logo que recuperava, voltava a Jacobina. Em uma dessas idas, não mais voltou, lá falecendo no dia 12 de junho de 1976, vitimado por um endema pulmonar. Reconhecendo que iria morrer pediu a enfermeira-chefe Mariene Garcia Passos, nossa conterrânea, que lhe dava toda assistência; o desejo de ser enterrado aqui, na terra natal, em que desenvolveu a sua infância.
Cabe a nós jacobinenses, satisfazê-lo, transladando os seus restos mortais para uma sepultura digna, como digna foi a sua vida, que as autoridades constituídas possam realizar esse sonho de artista Jacobinense, os artistas fazem a memória desta terra de Jacó & Bina. Que Deus tenha piedade de sua alma!
Agnaldo Marcelino Gomes
Fazendo pesquisas culturais, achei apresentação de Bob Silva na cidade de Aracaju, no ano de 1941. (Rômulo C. Nóbrega)
ResponderExcluirMUITO LINDA A LEMBRANÇA DO PROF. "AMAR GOMES" ELE AINDA VIVI. E SABE QUEM O VISITA,.
ResponderExcluirDescobri ontem que ele era meu avô, que tenho uma outra familia...
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