sexta-feira, 29 de julho de 2011

GALERINHA DA 6ª SÉRIE DO COLÉGIO SUPORTE

Poesias da galera da 6ª Série (7º ano) matutino do COLÉGIO SUPORTE nas atividades de comemoração aos 131 anos de Jacobina.


TUDO QUE MAIS QUERO (Luanda Mirtza – 13 anos)

Às vezes queria pensar, às vezes desejar,
Mas o máximo que consigo é para sempre te amar...
Da vida não espero mais amor, você é tudo que mais quero.
Eu esperarei o tempo, e sei que ele vai me ajudar...
Vou pra sempre esperar o beijo que você me dará.
E quando me perguntarem o quero, vou dizer...
Que só quero e amar.


TE AMAR! (Nadhinne B. Silva – 12 anos)

Te amar é te beijar,
Te amar é viver,
Te amar é te abraçar,
É pra sempre te querer!
Mas será que eu te amo?
Ou será que eu te quero?
Te amar é uma coisa que
Há muito tempo espero.

JACOBINA (Francielle – 12 anos)

Parabéns Jacobina pelos seus 131 anos de vida,
Parabéns pelas suas belezas e pelas suas cachoeiras!
Jacobina com sua harmonia, cheia de vida e alegria,
Tem um povo que só vive em harmonia.
O nome Jacobina foi a soma de dois nomes indígenas;
Jacó e Bina, que se originou Jacobina.
Jacobina com sua mineração dá o ouro
Ao seu cidadão.

CIDADE DO OURO! (Quésia Mesquita – 13 anos)

Não sou de Jacobina
Mas olha que terra bonita,
Cheia de tesouro
Se chama terra do ouro.
Jacobina, Jacobina,
Uma cidade tão bonita
Tu és bela pelo ouro
Mas olha que tesouro,
Tantas festas, tantas rimas
Só podia ser em Jacobina.
São tantas palavras
Que resumem Jacobina
Mas só usarei uma delas,
Que cidade mais bela.

PEDRO ALVARES CABRAL (Maria Eduarda – 12 anos)

Pedro Alvares Cabral trata índio que nem animal,
Não achou especiaria, chamou índio de porcaria,
Não achou o lugar certo, não é um malandro esperto,
Ele veio procurar noz moscada, achou muita gente pelada,
Ele veio atrás de aipim, achou índio curumim,
Ele é um imbecil, roubou nosso pau-brasil,
Ele veio pra levar tudo, levou mas deixou um presente,
O Brasil pra essa gente,
Que acha Pedro incompetente.

TERRA MUITO LINDA (Daniel S. Silva – 12 anos)

Nessa terra muito linda, muito boa de viver,
Se me acontecer algo um dia, aqui eu quero morrer.
Com festa que contagia, alegria pra você.
Todo mundo se encanta com a beleza que a gente vê.
Lá do alto da Missão pode disparar o coração,
Com a Igreja da Matriz tem encantamentos de santos e casamentos.
Lá do alto do Cruzeiro, vejo o dia inteiro,
E na Igreja da Conceição, é muita emoção.
De lá vejo o cortejo indo para a Igreja da Conceição.
Jacobina é tão linda que dispara seu coração.

A FELICIDADE (Fátima Milena – 12 anos)

A felicidade está onde você nem consegue imaginar.
Assim como o amor, ela vale ouro,
Por isso é um tesouro.
A amizade é igual a diamante, sempre corre perigo constante.
Pode procurar, um dia você vai encontrar,
A felicidade, amor e amizade, que vai te trazer
Paz para toda eternidade.

AMAR É VIVER (Jadna Matias – 12 anos)

Viver é amar, amar é viver.
Sabe por que vivo? Porque amo você.
A vida é bela e é para ser vivida,
Só não esqueça das consequências da vida.
Te amo, só não sei me expressar,
Quando te vejo meu coração começa a disparar.

AMAR (Isa Maria Aquino – 11 anos)

O amor enriquece,
Com ele tudo parece que nada é real.
A vida é bela, o amor a completa.
Mas para amar é preciso ter um coração.
O amor é muito forte, é a chama da paixão.
Quando você ama, perde a noção.
O amor é cego, surdo e mudo,
Com isso me ilumino,
Que o amor vem do coração.

MINHA JACOBINA (Payayá Jr.)


Foto: JACOBINA - "PINICO DE OURO" (FACEBOOK)

Jacobina, hoje, quinta-feira, 28 de julho de 2011, completa 131 anos desde que foi estampada para a categoria de município em 1881, precisamente pela lei Provincial de nº 2.049 de 28 de julho de 1880.

Mas falando assim em data é pouco para a formação de um povo. Jacobina como é hoje precisou vir desde 1580 quando um desses chamados desbravadores do sertão, Gabriel Soares, deu de encontro com nossas mais antigas raízes: os Payayás que chamados de “agressivos’ foram dizimados. Parece-me que não eram tão “agressivos” assim, não mais que os colonizadores, do contrário estariam entoando suas lendas e seus cantos de guerra e, nem também, foi a única nação primeira dona do Brasil a ser dizimada.

Erros históricos que nos acompanharão enquanto nosso povo se fizer cônscio de sua realidade, Jacobina se mostra com uma cara muito diferente daquelas épocas. Hoje já pensamos, com alguma prática, na preservação de nossa beleza natural. Quem dúvida que nossos tataranetos não se deliciarão com a magnífica vista da Serra do Tombador, do Pico do Jaraguá ou da subida gloriosa e de fé da Serra do Cruzeiro?

Quem ainda não viu Itaitú com a Cachoeira Véu da Noiva, do Piancó, da Jaqueira ou não passeou pelas ruas tranquilas de arquitetura harmoniosa do Riachão, como é conhecido também o povoado de Itaitú, não conhece Jacobina!

Quem olha para igreja da Missão, batizada pelo clero de Capela do Bom Jesus da Glória, e não sente a presença daquela construção colonial realizada pelos nativos Payayás, sob a batuta dos Franciscanos, não conhece Jacobina! Ou mesmo para quem não fita a fortaleza dos muros da igreja Nossa Senhora da Conceição e a da Matriz, certamente, não está protegido pela fé cristã!

É a Marujada com seu canto da alvorada pipocando seus fogos o anúncio da festa de Santo Antonio e São Benedito. É a “furiosa” Filarmônica da 2 de Janeiro me arrastando pelos ouvidos suas belas canções. E quem não viu ou ouviu, pode crer, não viu Jacobina nem provou do nascimento de nosso carnaval fora de época: a Micareta, criada em 1912 pelo nosso povo.

Da carne do sol com pirão de leite, do mocotó, sarapatel e galinha caipira. Do acarajé, do vatapá, caruru, feijão verde e o cozido. Farta e variada a sublime iguaria do nosso sertão. Sem também prová-la, aqui não esteve.

Da feira livre ao artesanato da palha do ouricuri aos arreios de couro dos vaqueiros. Da pintura estonteante expressionista de Cícero Matos á poesia suave de Agnaldo Gomes Jacobina se veste de forma ímpar em sua cultura. Do pouco antigo casario, como o de Dona Lolinha e dr. Zelí, à incrustada Concha Acústica de Carlitão no morro da Missão, Jacobina toma a forma que é somente sua.

É este o patrimônio de nossa terra: nossa arquitetura e paisagem natural construída por todo o povo de Jacobina, nosso verdadeiro patrimônio cultural. Nossa querida Jacobina com seus 131 anos que aprendemos a amar e tê-la como posse de quem quer dela cuidar sem pedaço algum roubar.

Parabéns, Jacobina! Nosso presépio da Chapada Diamantina, não apenas de 25 de dezembro, mas de todo o ano!


Payayá jr.
Jacobina 28 de julho de 2011.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Soma (Ivan Aquino)

NA SOMA DAS SÍLABAS
NASCEM AS PALAVRAS...

CHÁ CHÁ CHÁ DE CHARLES CHAPLIN. (Fernado Peltier).


Tomo chá de Charles Chaplin
e vou por aí,
batendo no ar
calcanhares,
que nem Carlitos!...

Ouço acordes
das cordas vocais
de um passarinho,
não estrilo, nem grito!
Desperto pra dentro de mim...
estou sozinho... No infinito.

Cheiro uma prima-flor matutina
de púrpura cor, pequenina...
Depois, eu a como,
pétala por pétala
gomo por gomo...

Deixo rolar uma lágrima
para brindar pós sobremesa,
gravito a gravidade,
grávido de amor
prenhe de toda leveza,
ávido de toda pureza.

E à tardinha,
não por acaso,
despenco qual viaduto,
sereno, criança e adulto,
mergulho e flutuo
no arrebol do ocaso...
assim me dou tempo,
revejo meu prazo...
e aprazo o prazer de ser gajo!

Gózo volátil na vida,assim ajo...

Me sinto um sujeito bacana
não tenho problema de grana,
porque não a tenho.

Tão pouco me sinto perplexo,
não sofro problema de sexo,
virei, viro, virarei anjo...

Ah, isso de anjo,
até que eu manjo!

No mais,
deixo o meu amplexo
a quem não entender o meu nexo.

sábado, 23 de julho de 2011

Textos de Charles Chaplin (Selecionados por Fernando Peltier)


"O homem é um animal com instintos primários de sobrevivência. Por isso, seu engenho desenvolveu-se primeiro e a alma depois, e o progresso da ciência está bem mais adiantado que seu comportamento ético."

"A persistência é o caminho do êxito."

"A vida é maravilhosa se não se tem medo dela."

'A beleza existe em tudo - tanto no bem como no mal. Mas somente os artistas e os poetas sabem encontrá-la."

"Se tivesse acreditado na minha brincadeira de dizer verdades teria ouvido verdades que teimo em dizer brincando, falei muitas vezes como um palhaço, mas jamais duvidei da sinceridade da platéia que sorria."


Enviado por Antonio Fernando Peltier em 06/11/2008
Alterado em 15/07/2011
Código do texto: T1268707

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Entardecer no Itapicuru (Ivan Aquino)


Entardecer no ITapicuru - Jacobina - Bahia

segunda-feira, 18 de julho de 2011

"TERRA PAYAYA" EM RÍTMO DE GRAVAÇÃO.


Este final de semana foi bastante movimentado para a equipe do filme “Terra Payaya”.
Sob o comando do diretor Mário Silva, foram gravadas cenas envolvendo o Juiz Cornélio Marinheiro (Ivan Aquino) com o promotor Gilberto Louzada (Cícero Matos); com o promotor Pedro Guerra (o ator global Maurício Silveira, que participa da novela “Insensato Coração”), e com o prefeito Clarimundo Maracutaia (o ator João Jacobina que reside atualmente em Recife - PE). Gravaram cenas também a “senhorita” Heleninha (Fabrícia) a as recepcionistas, Dona Francisca e Dona Juvete, respectivamente as atrizes Rosa Maria e Victória Corália. Todas as cenas foram gravadas no prédio onde funciona o escritório do Advogado Fernando Viera, que está dando um grande apoio para a realização do filme.

Além dos citados atores e do diretor, estavam compondo a equipe o cinegrafista Wilson Militão, os contra-regras Breno e Lucas Mateus, o produtor Corino Rodrigues e sua esposa Isa Rodrigues as jovens Mariana Silva e Gabriella Jacobina e o ator Patrick, que fará o papel do Frei Cipriano.
As gravações devem seguir até o mês de outubro, quando o material partirá para a etapa de edição.
Foto 01:Cícero Matos e Patrick
Foto 02: Ivan Aquino e Maurício Silveira
Foto 03: Ivan Aquino e João Jacobina
Foto 04: Rosa Maria
Foto 05: Mariana Silva, Gabriella Jacobina e Victória Corália.








sexta-feira, 15 de julho de 2011

GOSTO DE ENVELHECER! (Solange B. Borges - Só)


Eu nunca trocaria meus amigos surpreendentes, minha vida maravilhosa, minha amada família por menos cabelo branco ou uma barriga mais lisa. Enquanto fui envelhecendo, tornei-me mais amável para mim e menos crítico de mim mesmo. Eu me tornei meu próprio amigo ... Eu não me censuro por comer biscoito extra, ou por não fazer a minha cama, ou para a compra de algo bobo que eu não precisava, como uma escultura de cimento, mas que parece tão avant garde no meu pátio. Eu tenho direito de ser desarrumado, de ser extravagante.

Vi muitos amigos queridos deixarem este mundo cedo demais, antes de compreenderem a grande liberdade que vem com o envelhecimento.

Quem vai me censurar se resolvo ficar lendo ou jogar no computador até as quatro horas e dormir até meio-dia? Eu dançarei ao som daqueles sucessos maravilhosos dos anos 60 e 70, e se eu, ao mesmo tempo, desejo chorar por um amor perdido ... Eu vou.

Vou andar na praia e mergulhar nas ondas com abandono, se eu quiser, apesar dos olhares penalizados dos outros no jet set.

Eles, também, vão envelhecer.
Eu sei que eu sou às vezes esquecido. Mas há mais, algumas coisas na vida que devem ser esquecidas. Eu me recordo das coisas importantes.

Claro, ao longo dos anos meu coração foi quebrado. Como não pode quebrar seu coração quando você perde um ente querido, ou quando uma criança sofre, ou mesmo quando algum amado animal de estimação é atropelado por um carro? Mas corações partidos são os que nos dão força, compreensão e compaixão. Um coração que nunca sofreu é imaculado e estéril e nunca conhecerá a alegria de ser imperfeito.

Eu sou tão abençoada por ter vivido o suficiente para ter meus cabelos grisalhos, e ter os risos da juventude gravados para sempre em sulcos profundos em meu rosto.
Muitos nunca riram, muitos morreram antes de seus cabelos virarem prata.
Conforme você envelhece, é mais fácil ser positivo. Você se preocupa menos com o que os outros pensam. Eu não me questiono mais.
Eu ganhei o direito de estar errado.

Assim, para meu consolo, eu gosto de ser velho. Eu gosto da pessoa que me tornei. Eu não vou viver para sempre, mas enquanto eu ainda estou aqui, eu não vou perder tempo lamentando o que poderia ter sido, ou me preocupar com o que será. E eu vou comer sobremesa todos os dias (se me apetecer).
Não somos como desejamos, não somos como deveriamos ser, mas graças a Deus não somos mais os mesmos.
Que a nossa amizadenunca se separe porque é direito do coração!

As vezes é preciso parar e olha para longe, para podermos enxergar o que está diante de nós.
Com carinho.
Solange B. Borges ( Só)

OCASO POR ACASO! (Fernando Peltier)


Envelhecer é lindo
como o Pôr-do-Sol...

Não por acaso,
que o ocaso,
modifica as cores,
doura a natureza,
faz tudo mudar.

Quão rara beleza
são cabelos brancos,
pele enrugada
de quem viveu bonito
alegrias, tristezas
ritos de doar
vida, energia,
cantos, contos,
quantos encontros
a perpetuar!...

Quem pensa que tudo acaba
quando a juventude esvai
engana-se redondamente
deixa o sonho que desaba,
trai-se a si, oh, como trai!...
Renuncia à vida premente,
tristeza e doença atraem...

Toda idade, todo o tempo
têm fascínios e tem encantos,
todo o amor tem seu exemplo,
qual passarinho o seu canto.

O prazer que há na vida
independe de idade,
todo amor tem sua hora,
toda dor, sua melhora,
todo dia, sua aurora...

Esse que envelhece
e nunca teme,
nem pensa na morte,
como fim, enfim...

Porque morte é dia,
alvorada, anoitecer,
renovação eterna
semente somente
vidas a renascer.

Em cada vida nova,
tudo pra aprender.

Esse que envelhece assim
é tão lindo sim
como o arrebol do entardecer
na perspectiva do re-amanhecer.
Antonio Fernando Peltier
Publicado no Recanto das Letras em 10/07/2011
Código do texto: T3086467

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Secretário estadual da Cultura veste a camisa do filme Terra Payayá


Secretário Albino Rubim

Reeditada - O secretário estadual da Cultura, Albino Rubim, recebeu ontem, na Secretaria de Cultura da Bahia, em Salvador, a produção e direção de "Terra Payayá - O Filme", que será gravado na região de Jacobina, e hipotecou apoio ao projeto de revitalização do cinema no Piemonte da Chapada.

O secretário Albino Rubim afirmou que esse tipo de iniciativa é muito importante, e, por isso, conta com total apoio da Secretaria Estadual da Cultura.

Ele está disposto a contribuir de acordo com os trâmites do órgão e, para isso, o projeto está sendo encaminhado para que o governo da Bahia possa ser um dos parceiros da produção do filme.

O projeto está sendo montado pela assistente social Conceição Cedraz Paraíso Leite, em Salvador.

"A Cultura da Bahia depende da iniciativa de seus moradores e nós estamos sempre apoiando esse tipo de iniciativa que vem para o seu engrandecimento", disse. Da Redação

Fonte: http://www.brasilc.com/ (Corino Urgente)

segunda-feira, 4 de julho de 2011

O artista e sua arte!


No último domingo, 03/07/2011, o Centro Cultural de Jacobina foi palco de um espetáculo de som, imagens e cores presenciado por uma plateia que não se satisfaz com a pobre programação dos canais de TV no primeiro dia da semana. Trata-se do espetáculo “Não é cinema, não é música, não é teatro: é a porra colorida” no qual o artista plástico, ator e poeta C. Matos mostrou sua arte para um seleto público. O nome do espetáculo foi uma homenagem a um jacobinense conhecido por “Júlio Brabo” que tinha como costume dizer que tudo na vida não passava de uma “porra colorida”.
O espetáculo teve início no salão de exposições onde aconteceu uma mostra de quadros, além de uma geladeira e um fogão, pintados pelo artista. Em seguida foram abertas as portas do auditório onde, no corredor de entrada, o público teve acesso a uma mostra de poesias de diversos autores selecionadas pelo artista e pintadas em cortes de papel metro. Antes do artista subir ao palco, os presentes tiveram acesso a uma mostra de vídeos com C Matos pintando painéis em Jacobina e expondo suas obras em cidades como Salvador, Recife e Valência (Espanha). Com a plateia já no clima de pura arte, C Matos subiu ao palco e apresentou uma “performance” pintando um quadro e declamando poemas de diversos autores ao som de MPB tocada em vinil. Depois de encerrada a apresentação, o quadro, onde foi pintada a Serra do Cruzeiro, foi sorteado entre as pessoas que adquiriram o ingresso para o espetáculo.
O público presente deixou o auditório de Centro Cultural com o sentimento de que valeu a pena ter saído da frente da telinha para assistir a apresentação da “...Porra Colorida” de C Matos.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Não é música, não é teatro, não é cinema, é a Porra Colorida - CMatos

PÕE POEMA, PÕE POESIA SOBRE A MESA!... (... SOBREMESA COM ABROSIA!) – Fernando Peltier


Se a fome do coração
De repente invade a alma,
Há de ser, senão, com calma,
Que se alimenta a razão!

E na mesa, põe poesia, põe poema
Sensibilidade é o tema
A facultar toda alegria
A que o espírito não gema...

E na sobremesa,
Doce de leite em ambrosia,
Açucarado e embolado poema
No deleite da poesia...

Deglutido e degustado
Com todo prazer e malícia...
Nos requintes da sevícia
Onde a gente se vicia...

Põe, enfim, sobre tua mesa
Um fino cardápio que alicia
O paladar voraz na veia... Avia!
Lambe beiços à sobremesa!

Sem poema sem poesia
A vida não propicia
Ser propícia todo dia
Pra gente inventar o tema!

Vem de lá com teu poema
E te encaixa em minha poesia
E terás no ovo, a gema
Que reproduz e procria!

Antonio Fernando Peltier
Publicado no Recanto das Letras em 20/06/2011
Código do texto: T3046692

RIO DO OURO (João Bosco)


Das vísceras da serra íngreme
De irradiante beleza,
Tu nasces lá Rio do Ouro,
Do seio da Mãe Natureza.

O murmúrio de tuas águas
Faz coro com a voz do vento
Dando paz aos corações
Que vivem no desalento.

Por que choras lindo rio,
És tão bonito, tão nobre!
São essas mancha escuras
Que te sorriso encobre?

Dilaceram tuas margens,
As pessoas mais cretinas,
Turvam com lixo e esgoto
As tuas águas cristalinas.

Não tema velho amigo
De incontáveis gerações,
Poetas buscam em ti
Sublimes inspirações.

Transmite aos seres sensíveis
Perfeição, pureza e calma,
Como o bálsamo de Deus,
Purificando a alma.

Quando chegam a pensar
Que exterminaram contigo,
Voltas com amor a correr
No teu leito, meu amigo.

A tristeza desvanece
Ao contemplar tuas águas
Que são como as canções
Levando embora as mágoas.

Texto do livro: "Poemas em diversos temas"
de autoria do próprio João Bosco)