quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

VOU-ME EMBORA PRO PASSADO... PASSÁRGADA É LONGE DAQUI! (Fernando Peltier&Vera Jacobina)


Vou-me embora pro passado
Tempo de tanta alegria
Na viagem da memória
Vivo a lembrar cada dia...

Desde o primeiro momento
Do nosso encontro escolar
Cada etapa que vivemos
São de jamais se olvidar...

Quantas vezes eu viajo
Um tempo de alegorias
Na criança, que já fomos,
Traz-nos certeza e energia

Lembrar cada uma de nós,
Colegas e eternas amigas,
E dos mestres que nos fizeram
O crescimento na vida!

Um pouco mais experientes, eu sei,
Conquanto, o desgaste da lida...
Lembro Passárgada em Bandeira
Todas nós, rainhas e amigas do Rei

Passárgada é bem mais distante
E a juventude, que ainda se renova
Hoje sem contratempos,
Reencontrarmo-nos é um exemplo...

Sentimos a falta de algumas,
Que aqui cumpriram missão
E partiram lá pro céu...
Nas nuvens azuis das brumas

Quantas vezes sonhei,
Tantas outras viajei,
Buscando o ombro amigo
Desde 74 e só agora, então, consigo...

E eu sempre me perguntava
Buscando brincar com vocês,
Fofoquinhas, paqueradas,
O namoradinho de cada vez...

Não podemos esquecer
Os nossos queridos colegas
Sempre tão compenetrados
Querendo entrar nas conversas

Mas nós estávamos noutras,
Sonhos tão juvenis: sapos, príncipes
Idílios de toda garota,
Olhar de soslaio e linces...

Agora, nós somos mais soltas!...

(PARCERIA DE SENSIBILIDADE COM VERA JACOBINA EM HOMENAGEM AOS 36 ANOS DE FORMATURA DA TURMA DE MAGISTÉRIO/1974, DO COLÉGIO ESTADUAL DEOCLECIANO BARBOSA DE CASTRO, JACOBINA - BAHIA)

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

VIDA CIDADE (Ivan Aquino)


As pessoas se cruzam
Pelas ruas da cidade
Os olhares não se encontram
Pois não estão em sintonia.

As pessoas andam juntas
Mas se sentem separadas
Fazem parte da engrenagem
Mais não vivem em harmonia.

As pessoas se comunicam
Mas não conseguem se entender
Fazem “Torres de Babel”
Fazem vidas sem magia.

As pessoas falam em paz
Mas não conseguem encontrá-la
Fazem guerras à sua procura
Transformando-a em utopia.

Jacobina de todos os ângulos (Ivan Aquino)


Foto: Ivan Aquino.

Cortar o tempo! (Carlos Drumond de Andrade)


Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente


Então...
Para você
Desejo o sonho realizado.
O amor esperado.
A esperança renovada.
Para você,
Desejo todas as cores desta vida.
Todas as alegrias que puder sorrir
Todas as músicas que puder emocionar.
Para você,
Desejo que os amigos sejam mais cúmplices,
Que sua família esteja mais unida,
Que sua vida seja mais bem vivida.
Gostaria de lhe desejar tantas coisas.
Mas nada seria suficiente para
Repassar o que realmente desejo a você.
Então, desejo apenas que você tenha muitos desejos.
Desejos grandes e que eles possam te mover a cada minuto,
ao rumo da sua felicidade!

Carlos Drummond de Andrade

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

FELIZ NATAL & PRÓSPERO ANO NOVO!!!

Caros(as) amigos(as) e leitores(as),
A frase é manjada, mas os sentimentos são sinceros: Feliz Natal & um 2011 arretado de bom, somados a muita Paz, Saúde, Prosperidade, Luz e Proteção Divina.
Ivan Aquino.

BAZAR PRÉ NATAL

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

SONHAR E FAZER ACONTECER


Jamais abro mão
Dos meus sonhos,
Nem nos piores momentos.
Nessa hora
Penso no tempo,
Porque se perco,
É para ganhar...
Na vida,
O que importa,
É a alegria de viver,
Por isso sonho,
E faço acontecer.

Publicado no Recanto das Letras em 14/12/2010
Código do texto: T2671194

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Acredito em destino (Beto Borboleta)


Acredito em destino
E sei que não é por acaso.
Te espero a qualquer momento
Me perdoa se me atraso
Perco o trem ou avião
Mas,encontro sempre uma solução.

O QUE EU SOU? (Fernando Peltier)


Sou o ator que atiça o fogo
O poeta que tempera o vento
O cantador que reboliça a água,
Sou o ambientalista que revisita a terra!
Sou o sentimento que destempera eras
Sou canhão num troar tormento....
Sou, sim, o lenitivo no linimento,
O incentivo do encaminhamento!
O eco de todo tormento
O zelador de todas as mágoas,
Enfim sou os quatro elementos...
Fogo! Terra! Ar e Água!
Sou etc, etc, etc...e tal...
Faço meu próprio carnaval!

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Sou Nordeste Você é chuva... (Ivan Aquino)


Sou Nordeste
Você é chuva...
Sem você
O sol inclemente
Tortura minha mente...
Em meu solo árido, sementes
Esperam-te para germinar...
Teu prazer é me molhar,
Encharcar meus poros.
Meu prazer é te receber.
Vem como inverno,
Sereno na madrugada
Ou trovoada,
Mas vem.

Sou Nordeste
Você é chuva...
Com nossa junção
A vida resplandece mais viva,
O cinza vira verde
O leito seco
Vira rio.

Animais humanos (Amar Gomes)


Por trás da porta
Um homem se esconde
Apavorado com a violência
Do mundo lá fora.
Na visão do olho mágico,
O terror,
Os sons lá fora o enervam
Os cheiros o preocupam.
Pressão psicológica,
Nervos à flor da pele,
Quanto pavor...
E as flores nascem no quintal,
Os pássaros cantam ao amanhecer
O sol brilha, a noite vem,
A chuva cai.
É preciso viver
No meio da atribulação.
Humanidade, civilização,
Seres incompreendidos,
Seres incompreensíveis
Que amam violentando
Como animais humanos.

Balada para meu destino (Sibar Machado)


À quinta a noite prenuncia o final de semana. Pensei que esse sentimento fosse apenas das grandes cidades cheias de movimento e luzes com suas fumaças nariz à dentro. Enganei-me. Aqui também o cheiro do final de semana já chega pela quinta. Acho que morar no interior já não se parece tanto com aquele de uns dez anos atrás. O interior tá virando cidade grande. Cada vez mais ele ensaia vestibular rumo a uma faculdade de violência com crimes ao lado de mais poluição e corre-corre sem tempo pra um almoço tranqüilo.
Começa a chegar novamente à hora de mudar-me para um interior menor ainda. Quem sabe um com apenas quatro fileiras de casas e uma diminuta pracinha com uma igreja em seu perímetro ao lado de um posto bancário avizinhado de um de saúde pegado com a padaria e a venda amontoada de quinquilharias mostrando sabão e q-boa junto ao pão e na prateleira abaixo o óleo de cozinha misturado com detefon cujo proprietário Seu Nequinha despachando com as mãos encardidas de unhas grandes e maltratadas fungando pra alguns que lhe devem mas sorrindo pra outros em dia com sua caderneta de nota.
Bem ao fundo da última rua ainda sem muito valor de lazer, o mar. O mar de serventia apenas pro lazer da meninada e peixe que vem do trabalho do pescador que inicia com a madrugada ainda com o sol escondido dando seus sinais quando a canoa foge pro mar levantando sua vela emendada de uma dezena de sacos de açúcar erguida por uma tensa corda de sisal sustentada por um mastro de imburana de cambão levando três a quatro pescadores. Adentro do mar vão com o sol nascendo e a pino chegam com o cassuá derramando pilombetas de escama batendo-se no xaréu que empurra o peixe galo encostado nas tainhas por cima da plana e larga arraia com o rabo enrolado na cavala juntinho das serras da mesma cor da pescadinha que é a parente pobre da pescada amarela e um ou outro caçonete esbanjando seus vorazes dentes deixando marcas em seus vizinhos com o pronto vaqueiro do mar de cuia na mão descartando água e baiacus juntamente com espadas diminutas, mas com seus dentes afiados enrolados na recolhida rede. Com as ondas quebrando e água nos joelhos os poucos compradores miram sua presa com os olhos e D. Antonia com a bacia na mão escolhe o almoço. Os trinta a quarenta ou sessenta e com um pouco de sorte uns cem quilos de peixe dão o destino às vilas vizinhas e a cada casa fogo aceso.
De feijão verde com farinha de mandioca e pimenta de cheiro ao lado do limão com o arroz branco e ensopado de serra com leite de coco e rodelas de tomate boiando juntamente com cebola branca e tempero verde: fartam-se. Refresco de murici e doce de abóbora encerram pro início da centenária sesta de bucho pra riba numa rede de tucum amarrada de um caibo a outro que sustenta as ripas e telhas. Três horas da tarde aponta na mesa um café preto com tapioca assada na pedra de torrar a farinha recheada de crueira de coco.
Já o café e janta a noite... Bem. Volto pra onde estou tramando em meu juízo como ter diariamente aquele desejoso destino descrito. Quem sabe um dia crio coragem e mudo-me pra um povoado assim onde a vida demora passar pelos meus olhos. Quem sabe assim vejo melhor meus filhos crescerem. Quem sabe assim tenho mais tempo pra mim e para a minha companheira aqui do meu lado e esqueço o tempo perdido pensando no corre-corre e na violência acompanhada da multa causada pelo trânsito infernal juntamente com a prestação vencida e na bomba que matou dez na estação de trem próximo à fila do banco adorado pelos vereadores e deputados amicíssimos dos senadores e governadores ladrões financiados pelos empresários que adulteram seus produtos avalizados pelo banqueiro que saqueia a todos próximos ao policial corrupto que não aparece no jornal viciado que também não destaca em manchetes o miserável salário do trabalhador e não noticia a criança abandonada nem no desvio do dinheiro público da merenda escolar muito menos a morte do Zé no corredor do hospital por uma bala perdida que veio da favela inundada de barrigas vazias. Quem sabe...
Sibar Machado-2005

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Grupo Dionísio Artes se apresenta no IV MARCO.





Teve início nesta quarta-feira, 08/12, a 4ª edição do MARCO (Movimento de Arte e Cultura de Ourolândia). O evento é organizado pelo Professor Jacimário Silva e conta com a participação dos seus alunos da escola estadual. Apresentações de recitais de poesia, música e teatro fazem parte da programação que todos os anos recebe um grande público. Neste ano a abertura foi com o Grupo Dionísio Artes que apresentou o espetáculo “O Martírio de Cristo”. A peça foi dirigida por Mário Silva e teve no elenco: Alexandre Mello, Caroline Mota, Franklin Silva, Inácio Júnior, Ivan Aquino, Joel Cruz, José Pascoal, Lucas Matheus, , Magno Fagundes, Ricardo, Ubirajara Santos, Vânio, alunos do Colégio estadual e Ourolândia e atores convidados. “O Martírio de Cristo” Foi encenada para um auditório do Centro Cultural lotado e emocionou muitos dos presentes. Já existe a cobrança para novas apresentações.
O IV MARCO encerrou na sexta-feira à noite e os eventos foram bastante prestigiados pelos ourolandenses e visitantes e municípios circunvizinhos.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

NA PALMA DA CALMA DA ALMA (Fernando Peltier)


Lançado em Portugal, na Cidade do Porto, o livro NA PALMA DA CALMA DA ALMA, de Fernando Peltier.
Neste livro você encontra poemas antigos e novíssimos... a progressiva de um poeta, que brinca com os sons das letras, com imagens criadas na imaginação de cada um que o lê e interpreta segundo a sua própria leitura e visão de mundo.
E o seu autor que comenta em vocativa, também se utilizando de poesia:

“Vem!
Lê meu livro... fica comigo!
Vê que brinco com os sons das letras!...
Posso de repente compor retretas com afinco ou passear de trem...
Vem comigo viajar, tendo o sonho como um avião...
Vem correr mundo, em torno de um coração.
Este é o meu lado bom, o meu lado amigo, meu lado irmão!
Viaja ao meu lado comigo, dentro do meu livro!...
Não fica aí parado...
Não correrá perigo!”

Fernando Peltier é teatrólogo: Diretor Teatral formado pela EMAC/UFBA, Ator, Iluminador, Cenotécnico, Compositor de trilhas musicais de suas peças teatrais. É escritor com 5 livros publicados. Poeta e Dramaturgo. E escolheu o interior do Estado da Bahia para desenvolver seus talentos, sensibilizando e formando platéias, a partir de crianças de 2 anos de idade. Atualmente mora em Araci, no Território do Sisal e percorre toda a Bahia com suas peças, musicais, promovendo projetos, os mais diversos, cursos e oficinas de teatro, oratória, poesia e dramaturgia para crianças, jovens, adultos, profissionais liberais e da área de educação. Seus contatos: fernandopeltier@hotmail.com (msn e email), recantodasletras.uol.com.br/autores/afernandopeltier (blog de seus escritos), cirandadoteatropeltier (blog), www.fernandopeltier.com.br (site)
Quem se interessar por seu livro “NA PALMA DA CALMA DA ALMA” deverá solicitá-lo pelo link:
http://www.worldartfriends.com/store/search.php?search_query=fernando&submit_search=Search

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

TEAR (Vera Jacobina)


Ainda vou tecer,
Uma manta pra você,
Bem florida e colorida
Para usar em dia de festa.

Impregnada com meu cheiro,
Que é pra não, me esquecer.
Vou fazer uma pra mim,
Pra também lembrar você.

Bem cheirosa com teu cheiro,
Eu não vou me esquecer,
E no frio regado a vinho,
Também vou me aquecer.

Sendo assim desse jeito,
Com todo nosso amor,
Você lembra de mim,
E eu lembro de você.


Vera Jacobina
Publicada no Recanto das Letras

JACOBINA, CANTOS & CANTOS EM MEUS ENCANTOS! (Fernando Peltier)


Subo serras, não me canso...
vou ao topo das montanhas,
abrindo trilhas,
abrando-me, não estanco.

Sofro com os teus rios
em tuas entranhas!!!
(Único aspecto negativo,
que merece dos poderes
e do povo atitude, ato-ativo!)

No mais, és Jacobina,
lugar que me apraz!

A cidade tortuosa de tão bela,
cada rua tem seu charme,
teu suor, tua tutela...
lembrança de uma história comovida,
de heróis em sacrifícios,
que te deram Paz.

Embora o ouro e suas jazidas...
gosto do teu rosto, Jacobina...
quero teu sorriso de menina...
amo teu corpo, Colombina,
serei teu Pierrô
sendo teu Arlequim...

Sinto teu cheiro, Jacobina,
alfazema e alecrim
entranhado nas narinas...

“Alecrim, alecrim dourado,
Que em ti nasce no campo
sem ser semeado...”

Tudo em Ti, Jacobina!
Todos os teus cantos
são os meus encantos,
no canto do teu cantar
sereno, duradouro...

Ah, cantarei a Serra do Ouro,
ouro de 18 quilates,
nas Missões, minhas orações,
meus 50 corações
meus engates,
meu gatilho
e armamentário...
onde armazeno o meu amor
armado até os dentes
de Paz do nosso amor!

Dedicarei minh´alma como ex-voto
aos pés da Santa Cruz do teu Cruzeiro
paixão em contínuo moto,
a deitar velas acesas num luzeiro.

Jacobina, converto-me!...
Serei em tua fé, serei teu filho,
seguirei as trilhas no teu trilho!

Antonio Fernando Peltier
Publicado no Recanto das Letras em 30/11/2010
Código do texto: T264637