segunda-feira, 6 de junho de 2011

Palavra de Amigo


Já disseram, há muito, algumas palavras simples sobre a vida...
Falaram-me de cordialidade, é isso mesmo: gentileza!
Da solidariedade daquela que se pratica,
Não daquela que apenas se diz!

De ações simples.
Mas muito simples mesmo: um sorriso, um simples aceno,
Ou mesmo um singelo e ao mesmo tempo curto monossilábico Oi,
Mas que teve a grandeza de quebrar o gelo daqueles enormes
Silêncios e caras feias!

Já me disseram, inclusive, para não dar esmolas ou pequenas ajudas:
Viciam!
É assistencialista! Diria meu amigo radical de esquerda.
Mas foi um gesto tão fácil e além do mais sobrava-me.
Não me fazia falta!

E a última dita foi a prática de só usufruir do que preciso!
Nada de acúmulo, nada de soberba.
Aos pouco aprendo que ao usar somente um pouquinho,
A natureza agradece.
Quem me disse isso não foi o estudioso,
Não foi o cientista da universidade, não foi o intelectual,
Não foi o ativista ambiental e muito menos aquele estadista político.
O nativo: foi ele quem me falou de uma boa convivência com a natureza e
Fiquei muito agradecido quando a ele se juntou a ciência.

Não podia esquecer-me da voz suave e tranqüila que chegou aos
Meus ouvidos com tais palavras.
Foram palavras conversadas, não foram gritos.
Foi de uma serenidade convincente que me bastou
Para dizer que no grito pouco ou nada se resolve,
Que na dureza ou grosseria por pouco tempo se sustenta.

Finalmente falou-me da grandeza do sorriso da criança e do amor.
Estas foram as palavras mais longas e duradouros que guardo comigo.


Cartão de Natal enviado pelo NTE14 em 1999
Núcleo de Tecnologia Educacional - NTE-14
Jacobina-Ba

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