sexta-feira, 1 de julho de 2011

RIO DO OURO (João Bosco)


Das vísceras da serra íngreme
De irradiante beleza,
Tu nasces lá Rio do Ouro,
Do seio da Mãe Natureza.

O murmúrio de tuas águas
Faz coro com a voz do vento
Dando paz aos corações
Que vivem no desalento.

Por que choras lindo rio,
És tão bonito, tão nobre!
São essas mancha escuras
Que te sorriso encobre?

Dilaceram tuas margens,
As pessoas mais cretinas,
Turvam com lixo e esgoto
As tuas águas cristalinas.

Não tema velho amigo
De incontáveis gerações,
Poetas buscam em ti
Sublimes inspirações.

Transmite aos seres sensíveis
Perfeição, pureza e calma,
Como o bálsamo de Deus,
Purificando a alma.

Quando chegam a pensar
Que exterminaram contigo,
Voltas com amor a correr
No teu leito, meu amigo.

A tristeza desvanece
Ao contemplar tuas águas
Que são como as canções
Levando embora as mágoas.

Texto do livro: "Poemas em diversos temas"
de autoria do próprio João Bosco)

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