segunda-feira, 25 de julho de 2011

CHÁ CHÁ CHÁ DE CHARLES CHAPLIN. (Fernado Peltier).


Tomo chá de Charles Chaplin
e vou por aí,
batendo no ar
calcanhares,
que nem Carlitos!...

Ouço acordes
das cordas vocais
de um passarinho,
não estrilo, nem grito!
Desperto pra dentro de mim...
estou sozinho... No infinito.

Cheiro uma prima-flor matutina
de púrpura cor, pequenina...
Depois, eu a como,
pétala por pétala
gomo por gomo...

Deixo rolar uma lágrima
para brindar pós sobremesa,
gravito a gravidade,
grávido de amor
prenhe de toda leveza,
ávido de toda pureza.

E à tardinha,
não por acaso,
despenco qual viaduto,
sereno, criança e adulto,
mergulho e flutuo
no arrebol do ocaso...
assim me dou tempo,
revejo meu prazo...
e aprazo o prazer de ser gajo!

Gózo volátil na vida,assim ajo...

Me sinto um sujeito bacana
não tenho problema de grana,
porque não a tenho.

Tão pouco me sinto perplexo,
não sofro problema de sexo,
virei, viro, virarei anjo...

Ah, isso de anjo,
até que eu manjo!

No mais,
deixo o meu amplexo
a quem não entender o meu nexo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário